Aprovado em Yale, aluno conta detalhes do processo de admissão

Para Gabriel Vieira, o autoconhecimento foi fundamental na conquista desse resultado e das aprovações em outras sete universidades estrangeiras e em mais duas no Brasil.
Yale, UCLA, University of North Carolina, University of Michigan, UC San Diego, UC Berkeley, University of British Columbia, University of Toronto, FGV e USP. A lista de aprovações em Economia é grande, assim como a dedicação e o comprometimento de Gabriel Vieira, formado em 2020 no Colégio Jean Piaget.
O aluno, que hoje estuda na FGV, se prepara para estar em New Haven, no estado de Connecticut, no próximo mês de setembro, quando começam as aulas na universidade escolhida por ele, Yale, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos.
Yvy day
Em data e horário pré-estabelecidos, as oito universidades que compõem a Ivy League divulgam seus aprovados anualmente. Além de Yale, o grupo é formado por Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Universidade da Pennsylvania e Princeton.
Em 2021, Gabriel concorreu com outros 46.905 alunos, dos quais Yale admitiu apenas 2.169, ou seja, 4,6% do total de candidatos.
Bulldog through and through
O caminho percorrido por estudantes brasileiros que desejam cursar uma universidade norte-americana é composto por essays (redações), entrevistas, cartas de recomendação e muitas escolhas. Um primeiro passo, bastante importante, é saber quais instituições mais combinam com o aluno.
“No meu caso, percebi que deveria ser uma faculdade com foco em pesquisa, muitas opções extracurriculares, um currículo aberto e repleta de experiências, por isso, após receber os resultados, eu escolhi Yale”, explica Gabriel, que também destacou o mérito acadêmico da universidade.
Curiosidade: Handsome Dan, um bulldog, é o mascote de Yale.
Essays
O processo de admissão holístico das universidades norte-americanas é bastante elaborado. As notas são o cartão de visitas do aluno, mas a participação em atividades extracurriculares, esportivas e os interesses individuais também são observados. Por isso, a sugestão do Gabriel é tentar balancear esses pontos.
São essas informações que os alunos vão colocar em suas redações, e também são elas que vão ajudar as universidades a conhecê-los e se interessar por eles.
Nesse podcast, produzido por colegas de turma do aluno, você pode ouvir mais sobre o tema.
SAT e certificações
“Esse ano, o SAT não foi obrigatório, mas eu optei por mandar mesmo assim”. O teste, que é uma espécie de ENEM, demonstra o grau de conhecimento do aluno.
“Na pele de um estudante internacional, quanto mais informações você puder mandar para demonstrar que sua formação no Brasil está equiparada à formação de um aluno nos EUA, melhor. Então, se tiver a oportunidade, eu recomendo que faça o SAT.”
Outros exames também ajudam a atestar as competências dos alunos, certificados como Cambridge e Toefl. Você sabia? O Jean Piaget é um centro de formação e aplicação dos exames de Cambridge. Clique aqui para ler mais sobre isso.
Nesse sentido, o programa High School, oferecido pela escola, também foi importante para o Gabriel. A proposta permite a dupla titulação, deste modo, os alunos se formam no Ensino Médio com dois diplomas, um brasileiro e outro americano.
“Se você se formou em um curso com aulas em inglês e professores nativos desse idioma, isso é mais um indicativo de que você é capaz de passar os próximos quatro anos frequentando aulas em inglês na universidade”, garante Gabriel.
Iniciação científica
“Entre minhas cartas de recomendação, eu acho importante destacar a da professora Mara Zucheran, sobre o PIC (Projeto Iniciação Científica). Como é algo extra, não é obrigatório, mas eu quis mandar para complementar minha candidatura. Junto com a carta, eu enviei meu artigo científico”, descreve o aluno.
Segundo Gabriel, as pesquisas e outras vivências na área científica sempre são bem vistas pelas universidades, pois indicam curiosidade, desejo de aprender, ou seja, um perfil valorizado por centros de admissão.
O PIC é uma disciplina que faz parte do currículo do aluno do Jean Piaget. Ao longo do ano, os alunos passam por todas as etapas de construção de um trabalho científico: desde a escolha do tema (que pode ser sugerido pelos professores/orientadores ou pelos próprios estudantes), levantamento bibliográfico, reflexão, definição de metodologia, redação do trabalho; até a apresentação pública no Fórum Científico-Cultural do Colégio.
Os melhores trabalhos são convidados a participar do Fórum Internacional Jovem de Ciências de Londres (London International Youth Science Forum).
Quer saber mais sobre estudar no exterior? Veja o vídeo que Gabriel preparou para as redes sociais do Colégio clicando aqui.