14 de julho de 2022
Alunos do 1° ano do Ensino Médio visitam o Petar para estudo do meio
O local foi reconhecido pela UNESCO como um dos patrimônios da humanidade. (Fotos: Arquivo pessoal)
O Parque Turístico do Alto Ribeira abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil e mais de 200 cavernas.
As cavernas do Parque Turístico do Alto Ribeira, o PETAR, foram objeto de estudo para as turmas do 1° ano do Ensino Médio. Durante três dias de viagem, os estudantes puderam conhecer e explorar as trilhas, cachoeiras e a flora do parque, reconhecido pela UNESCO como um dos patrimônios da humanidade.
“Este estudo do meio é uma oportunidade de aprofundar conhecimentos em diversas disciplinas, como História, Geografia e Biologia. Abordamos conceitos ecológicos ligados à Mata Atlântica, como a exploração sustentável e o turismo, além de aspectos históricos e ciclos econômicos da região”, conta o professor de Geografia, Bruno Joaquim.
O roteiro começou com uma visita à Caverna do Diabo, a maior do estado de São Paulo. O local é iluminado artificialmente, o que facilita a visualização das estalactites e estalagmites que compõem o interior da caverna. A viagem seguiu para a cidade de Iporanga, onde está localizado o Núcleo Santana, principal área de visitação do PETAR, que abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.
A turma foi dividida em grupos e exploraram diversos tipos de cavernas, como as de difícil acesso e as molhadas, que exigem uma trilha pela água para conhecer. Os alunos ainda aproveitaram para praticar boia cross e se aventurar no rio Betari.
Durante a viagem, os estudantes puderam conversar com ambientalistas, que detalharam o processo de formação das mais de 200 cavernas do parque e compartilharam curiosidades sobre a história do local, turismo e o trabalho dos espeleólogos, responsáveis pelo estudo e exploração das cavidades naturais subterrâneas.
“As cavernas do PETAR têm composição geológica interessante, pois são formadas por calcário metamórfico. Este material é formado no fundo do oceano, o que nos indica que toda a região era submersa no passado”, explica Joaquim. Estas condições geológicas favorecem a erosão e o surgimento dos espaços no interior das estruturas rochosas, conhecidos como cavernas.
O roteiro elaborado pela equipe pedagógica permitiu que o grupo conhecesse aspectos naturais e humanos da região do vale do Rio Ribeira de Iguape, entre os municípios de Iporanga e Apiaí (SP). Nestes dias de aventura e muita natureza, os alunos puderam curtir momentos de muito conhecimento, diversão e belas paisagens.
